Gaza - Crueldade Humana e Cumplicidade Intolerável
Em Gaza, a maior parte das famílias não come mais do que uma refeição por dia. Ver os Europeus acomodarem‑se a isso é desconcertante». A uma questão que lhe foi colocada sobre a possibilidade que os Estados europeus têm de romper com a atitude imposta pelos Estados Unidos, Carter respondeu: «Porque não? Eles não são nossos vassalos. Ocupam uma posição de igualdade em relação aos Estados Unidos».
Imaginem a apreensão dos pais, a angústia das mães no parto! Há de 9.000 a 10.000 recém‑nascidos em Gaza cada mês.
A maioria das crianças com idade inferior a cinco anos encontra-se subalimentada, porque privadas de alimento por decisão do Governo e do Estado-maior israelita! Os líderes israelitas sabem perfeitamente o que fazem: sem o declararem, contribuem através desta medida cruel para comprometer a vida das crianças palestinianas de forma irreversível. E ninguém parece ter pressa de acorrer em socorro destas crianças!
Desperate wait with power interrupted, 12-year-old Maher Al-Assali needs his siblingsto pump air into a hole in his neck when his ventilator cuts out.
Photo: Reuters
A situação em Gaza tornou-se intolerável. Eis o que nos dizia, noutro dia, um habitante de Beit Hanoun: «Chegou-se para além do suportável. Sem electricidade, sem combustível, sem gás, sem comida, sem água potável, sem salário; não se tem nada; é indescritível. E nem a Europa, nem os Estados árabes reagem, como se a Faixa de Gaza já tivesse sido riscada do mapa!»
Desde logo, todos aqueles que se indignam retrospectivamente pelo silêncio e a passividade dos seus avós perante as práticas concentracionárias dos nazis, mas que nada fazem para denunciar a situação que é imposta aos palestinianos, nem para obrigar Israel a mudar de política, deveriam começar por limpar a entrada da sua porta. Contrariamente aos seus avós, eles dispõem de todas as informações. O seu silêncio e a sua passividade não são mais do que uma cumplicidade no crime.
POR: Silvia Cattori http://www.silviacattori.net/article507.html
Não poderia deixar de registrar aqui minha indignação e tristeza diante da indiferença da humanidade, mas ainda tenho a esperança de vivermos em um mundo novo repleto de paz.
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